quinta-feira, 22 de novembro de 2012


Se eu pudesse
Iria recomeçar a vida em outra cidade, talvez em outro país, para nada, só para começar tudo do zero
Se eu pudesse, mudava minha vida toda; não que ela esteja ruim, mas só para ver que ela pode ser diferente.
Se eu pudesse, me desfaria de muitas coisas, da minha casa e de quase todas as roupas. Afinal, quem precisa de mais do que dois pares de sapatos, dois jeans, quatro camisetas e dois suéteres, sobretudo quando anda pensando em mudar de vida?
Se eu tivesse muitas joias, enterrava todas elas na areia da praia para que um dia alguém enfiasse a mão brincando, assim para nada, e tivesse a felicidade de encontrar um colar de brilhantes. Afinal, dá para viver sem, não dá?
Das algumas garrafas de champanhe guardadas cuidadosamente, na horizontal, daria para abrir mão, sem nenhuma possibilidade de remorso futuro; champanhe, além de engordar, não passa de um espumante metido a alguma coisa, e nem barato dá, de tão fraquinho que é. Dos vinhos, mais fácil ainda; nada melhor do que o velho e bom uísque, com o qual sempre se pode contar.
E as amizades? Aliás, as amizades, não: as relações. Ah, se tivesse coragem, compraria um novo caderno de telefones e passava só aqueles pouquíssimos nomes que realmente têm algum significado, e que são tão poucos que nem precisaria escrever. Guardaria todos de cor, não na cabeça, mas no coração, e um dia me esqueceria de todos eles.
Se eu pudesse, iria recomeçar a vida em outra cidade, talvez em outro país, para nada, só para começar tudo do zero. Para às vezes sofrer bastante, pensando que poderia ter tido mais juízo e não ter feito tantas bobagens, pois se tivesse errado menos poderia ter sido mais feliz -talvez. Mas alguém tem o poder de fazer alguém sofrer, ou a capacidade do sofrimento é um bem pessoal e intransferível?
Se alguém conseguisse ainda me fazer sofrer, seria um acontecimento a ser festejado.
Se eu pudesse -e não tivesse
tantos compromissos-, seria vegetariana, passaria as noites em claro e teria muito amor pelos animais e pelas crianças. Mas como tenho horror a qualquer bicho e nenhuma paciência com criancinhas, a não ser com meus bichos e minhas crianças, vou ter que atravessar a vida levando essa pesadíssima cruz -afinal, ficou combinado que de certas coisas não se pode não gostar, e se não se gostar não se pode dizer, que vida.
Se pudesse, largaria tudo e iria embora para um lugar onde ninguém me conhecesse, onde não teria passado nem futuro; para um lugar esquisito no qual não entenderia a língua do povo nem ninguém entenderia a minha. Seríamos todos, assumidamente, estranhos -como somos no edifício onde moramos, no local de trabalho, dentro de nossa família. Ou você pensa que alguém conhece alguém porque dá beijinhos no elevador?
Se eu pudesse, quando acordasse hoje de madrugada saía descalça só com um casaco em cima da pele e ia molhar os pés na água do mar, sozinha. Depois, ia tomar um café no balcão de um botequim, como fazem os homens.
Se eu pudesse, rasgava os talões de cheques, cortava os cartões de crédito com uma tesoura, fazia uma linda fogueira com os casacos de pele e ia saber como é que vivem os que não têm, nunca tiveram e nunca vão ter nada disso. E aproveitava o embalo para cortar os fios dos telefones, jogar o celular na tela da televisão e o computador pela janela -deve ser lindo, um computador voando.
Se eu pudesse, raspava a cabeça, acendia dois cigarros ao mesmo tempo e tomava uma vodca dupla, sem gelo, num copo de geleia. E pegaria uma gilete para picar em pedacinhos a carteira de identidade, o passaporte e o CPF, sem pensar um só instante nas consequências e sem um pingo de medo do futuro.
E jogava na lata de lixo meus lençóis, meus travesseiros de pluma, meu cobertor e engolia minhas pestanas postiças, só para aprender que a vida não é só isso.
Se eu pudesse, esquecia o meu nome, o meu passado e a minha história e ia ser ninguém. Ninguém.
Se eu pudesse, não, se eu quisesse.
Pois é, tem dias que a gente está assim, mas passa.

(Danuza Leão - Folha de S.Paulo 19/08/12)

domingo, 11 de novembro de 2012

Escrevendo minha própria lei,
Desesperadamente, eu sei.
Tentando aliviar,
Tentando não chorar.
Por mais que eu tente esquecer,
Memórias vem me enlouquecer .♪.♪'


           (Jeito moleque -Sem Radar)

domingo, 7 de outubro de 2012

Par de orgulho'

Eu poderia ter sido mais carinhosa, mais amorosa ou mais sexy;
Mas eu recebia pouco para isso; 
Talvez se eu recebesse carinho ou amor verdadeiro, teria reciprocidade
Por isso orgulho não permitiu.

domingo, 16 de outubro de 2011

(vi e achei legaL) Negrite as verdades :



Você é um menino. 
Você usa aparelho. 
Você é uma menina.
Você mora com seus pais.
Você estuda de manhã.
Você mora em casa.
Você mora em prédio.
Você tem um notebook.
Você tem Twitter. 
Você gosta de rock
Você tem um cachorro. 
Você tem um gato.
Você tem um pássaro.
Você tem um celular. 
Você ouve musica no fone de manhã. 
Você gosta de dormir muito tempo.
Você anda de skate. 
Você já tentou andar de skate.
Você já experimentou o cigarro.
Você já experimentou algum tipo de droga.
Você já levou um sermão da professora na frente dos seus amigos.
Você já matou aula.
Você já fez favores para quem não merecia.
Você já dormiu na aula.
Você já tirou foto com algum(a) amigo(a), depois você brigou com ela, as excluiu.
Você ama alguém.
Você ama Deus.
Você já mentiu aonde você iria pra sua mãe.
Você quase sempre acorda atrasado(a)
Você odeia quem manda correntes/spams pelo MSN.
Você já gostou de alguma coisa, e depois ela virou modinha.
Você já copiou tarefa de algum amigo na escola.
Você faz curso de inglês. 
Você sabe dar estrelinha
Você já tirou zero em alguma prova. 
Você já ficou de recuperação
Você já repetiu de ano.
Você já deu uma desculpa esfarrapada pra algum professor.
Você já beijou alguém da escola.
Você nasceu entre 1993 e 1999. 
Você tem medo de mendigos. 
Você odeia chuva. 
Você ama chuva
Você tem algum disco original.
Você já foi a um estádio de futebol.
Você já foi a algum show.
Você vai a igreja freqüentemente.
Você não gosta de verduras.
Você adora o inverno.
Você tem uma foto com a pessoa que você ama no seu celular.
Você tem algum video-game.
Você ama roupas xadrez.
Você já foi de chinelo para a escola.Você ama seus amigos.Você tem algum amigo(a) gay.
Você mora longe de algumas pessoas que você mais gosta.

Paciência'

Nada à dizer, nada pra fazer, nada pra pensar, até que o sonho eu realize!

Lamurios

A Chuva cai forte e fria,
é como um desabafo
já que meus olhos não aguentam mais! 

Tempo indolente'

Sei que momentos felizes vem com o tempo
acontece que o tempo insiste em demorar a passar'